sábado, 14 de abril de 2012
"O mundo parou-se num quadro onde só posso continuar, onde o cajado só pode ficar, onde só posso continuar a esculpir uma forma neste pedaço de ramo com a navalha, onde o cajado só pode ficar a vigiar a planície como um ancião solene.
Todos os pássaros fugiram. Todos os bichos do chão deixaram de se ouvir. Todas as nuvens pararam. Aproximaram-se o momento. Olho o sol de frente. Penso: se o castigo que me condena se fechar em mim, se aceitar o castigo que chega e o guardar, se o conseguir segurar cá dentro, talvez não tenha de suportar novos julgamentos, talvez possa descansar."
José Luís Peixoto in Nenhum olhar (pág.14)
Óleo sobre MDF, 30 30 cm
Sílvia§
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Um dia pequena. Um dia. Um dia falaremos melhor sobre tudo isto.
ResponderEliminarBeijo